Lesões no desporto, uma verdadeira... (DES)complicação
- featyourself
- 13 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de out. de 2022

Agora é que vamos entrar no cerne da questão, vamos tocar e esmiuçar o tendão de aquiles do assunto e dar um ponto de vista clínico e relevante.
Todo temos opinião, temos um ponto de vista e por vezes, gostamos de o colocar em cima da mesa, principalmente quando se trata de um assunto tão permissível como o desporto. Ai ai, o desporto... “eu joguei muitos anos futebol”, “eu pratiquei atletismo quando era mais novo”, há sempre um background envolvendo alguma modalidade ou alguma forma de atividade física, o que, sejamos honestos, é uma ótima prática a adotar para um estilo de vida mais saudável. Existe na nossa sociedade, um sentimento transversal a vários temas, de que sabemos um pouco de tudo, contudo, tal, não significa que este seja válido. Seja no desporto, na política ou na guerra, teremos sempre uma virgula a colocar num debate ou numa argumentação.
Passemos ao objetivo deste artigo. Existem centenas de combinações de possíveis lesões aquando da prática de desporto e como consequente, existem milhões de opiniões sobre o mesmo tema (desculpem a hipérbole). “Ah, fizeste um entorse, eu fiz muitos ao longo dos anos isso passa com pomadas” E onde foi buscar essa informação? Foi naquela página do facebook que incentiva a partilhar fotografias para ter 10 anos de sorte? Nem sempre ter conhecimento de causa é saber e perceber.
Deixemo-nos de palpites. Da lesão mais simples à mais complexa, da com padrão inflamatório à do padrão mecânico TODAS AS LESÕES SÃO DIFERENTES, com a coadjuvante que todos os organismos reagem de maneira diferente às agressões externas e internas. Porque razão um atleta profissional de natação com uma lesão no ombro tem de fazer o mesmo tratamento de uma senhora cuja profissão é cabeleireira?? Dou uma pista: NÃO TEM. Se é detetada uma patologia muscular durante um jogo de futebol, esta tem de ser avaliada por PROFISSIONAIS com a capacidade e mestria para contornar a situação. Não só pelo referido anteriormente como pela complicação que pode advir se tal não for feito. Deixo um exemplo: uma rotura muscular de grau 1 trata-se maioritariamente de forma conservadora, já uma completa...com intervenção cirúrgica! Se uma determinada lesão exige 2 semanas de paragem não significa que ao fim desse período o atleta volta ao ativo, significa que na literatura, este, é o tempo recomendado para a recuperação.
Tenham a capacidade de discernir que nem sempre se aplica gelo, nem sempre se faz calor e NÃO COMPLIQUEM.
Se apresenta algum dos sintomas referidos no artigo procure um profissional adequado para o seu caso.
Nota: O presente artigo é de opinião, apesar de ser corroborado por artigos científicos. Qualquer dúvida ou critica ao mesmo, deverá ser comunicado aos membros deste projeto.
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