"Dói-me o joelho, vai mudar o tempo" Mito ou realidade?

Pois é, quem nunca ouviu esta frase que atire a primeira pedra, dos mais novos aos mais velhos, dos avós aos netos, todos nós já presenciamos em algum momento a inserção desta expressão numa conversa... mas será que esta frase apresenta suporte cientifico?

Acredito piamente que esta é uma das frases mais ditas nas mudanças das estações, nas mudanças súbitas da temperatura e até da passagem da noite para o dia. Parece até cliché proferir esta frase, parece genuinamente que a maior parte das pessoas a declaram sem saber realmente o que a mesma quer dizer e acima de tudo, sem entender se aquela dor que apareceu repentinamente no joelho é realmente "da mudança do tempo".

Vamos então, por partes. Quando alguém se refere a este fenómeno de mudanças térmicas associa (atrevo-me a dizer, sempre) a uma articulação, seja ao joelho, seja ao ombro ou até "às cruzes" e de facto, existe uma razão: quando a temperatura muda, a pressão atmosférica muda em igual proporção. Se a temperatura ambiente aumenta, a pressão vai aumentar (visto que aumenta a pressão entre as moléculas presentes no ar), se a temperatura diminui, a pressão atmosférica diminui. Mas porquê nas articulações? Ora... dentro de uma articulação existe espaço que é ocupado por ar (além de existir tecido mole, osso etc.) e que como foi referido, é obviamente, influenciado pela pressão atmosférica. Quando se analisou vários estudos denotou-se que temperaturas baixas e altas afetam as articulações de maneiras diferentes: aquando de mudanças frio-quente especula-se a teoria referida anteriormente, aumenta a pressão atmosférica que como consequência aumenta a pressão do ar dentro da articulação. No caso de uma mudança quente-frio sugere-se que ao diminuir a pressão, a mobilidade reduz e aumenta a rigidez, diminuindo a capacidade de mexer o membro em questão.

RESPOSTA: Realidade, mas...

Estudos continuam a ser feitos de forma a explicar este fenómeno e até hoje, estas são as teorias mais plausíveis para corroborar o tema, contudo, temos de ter presente o organismo, o corpo e até a forma como os fatores ambientais nos afetam, pelo que é normal existir diferenças na sensibilidade às mudanças térmicas, nas diferentes pessoas.

Em suma, a dor e a falta de mobilidade que apareceu poderão ser, sim, de uma possivel mudança da temperatura e humidade, como de uma outra patologia com sintomas semelhantes.

Se apresenta algum dos sintomas referidos no artigo deverá procurar um profissional adequado para o seu caso.

Nota: O presente artigo é de opinião, apesar de ser corroborado por artigos científicos. Qualquer dúvida ou critica ao mesmo, deverá ser comunicado aos membros deste projeto.